Você é capaz de lembrar o que jantou ontem à noite? Consegue decorar os números de um telefone e em seguida discá-los sem recorrer a uma colinha? Será que só em olhar o rosto de uma pessoa você é capaz de lembrar seu nome? Se isso acontece, parabéns! Sua memória anda em perfeita condições, caso contrário, ela pode estar danificada.
É bem verdade que as tecnologias do mundo pós-moderno existam para satisfazer cada vez mais as necessidades humanas e tornas as atividades mais dinâmicas. Mas, se por um lado as máquinas facilitam nossas vidas, por outro, elas contribuem para degradação das funções neurais, prejudicando a mente do índividuo.
Pesquisadores da Universidade de Vila Nova, concluíram que o uso constante das novas tecnologias tem atrofiado a capacidade de raciocínio e memorização. Eles chegaram à conclusão de que, cada vez mais cedo, as pessoas estão se tornando mais dependentes das máquinas. De fato, há um consenso popular de que, no futuro, dificilmente as pessoas serão capazes de realizar uma simples operação com 4 ou 5 dígitos, sem o auxílio de uma calculadora. Prejudicando processos simples de memorização.
A Bíblia diz em Provérbios 10.7 que a memória do justo é abençoada. Mas, o que fazer para preservar essa função tão importante, de forma que os neurônios atuem perfeitamente?
Para Cícero Coimbra, pesquisador em neurociência da Universidade Federal de São Paulo, as funções cognitivas do nosso cerébro como raciocínio e memória, devem ser estimuladas. Para isso, é necessário medidas simples como paciência no enfretamento das situações do dia-a-dia e equilíbrio. "Ler um livro, por exemplo, é um excelente exercício para mente. É melhor ler um livro do que ver um filme sobre o mesmo assunto ou história, pois somos estimulados a criar a imagem em nossas mentes. Esse é um exercício formidável. Ao assistirmos um filme, estamos aceitando passivamente a demostração das imagens de paisagens e personagens e o cérebro não é estimulado", complementa.
O cérebro adulto rotineiramente produz novas céulas neurais que continuamente se multiplicam, dando origem a novos neurônios. Os jovens neurônios migram e se dividem para as outras áreas cerebrais. Para Coimbra, a produção e a distribuição desses neurônios devem ser estimuladas. "Hoje, nós temos números de telefones, livros inteiros e todo tipo de arquivo que possa ser guardado em nossos celulares, logo, não estimulamos nossa memória, acomodando-a. Isso porque os neurônios que são produzidos precisam ser exercitados, quando não, eles passam a ser deletados, ocorrendo o que chamamos em neurociência de morte celular programada e optose, o que e prejudicial a memória", alerta:
Fonte: Revista Geração JC
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